quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PEDÁGIOS : UMA MINA DE OURO NO ASFALTO.


"ACHACAÇÃO CONSENTIDA"
- OS PEDÁGIOS ARRECADAM MILHÕES DO BOLSO DOS CONTRÍBUINTES TODOS OS MESES EM NOSSAS ESTRADAS. 
ENQUANTO QUE: estradas importantíssimas como a RS - 421 (lajeado/forquetinha RS) e BR - 386, os problemas se arrastam a anos sem uma solução adequada, alimentando "discursos demagógicos" dos políticos, principal-mente dos regionais.
AGRAVANTE: BR - 386 atual-mente (em determinados trechos) esta INTRAFEGÁVEL, devido as más condições do pavimento asfáltico, causado pelo TRÁFEGO DE CAMINHÕES COM EXCESSO DE PESO, sem uma fiscalização adequada, uma das estradas mais movimentada do estado SEM ACOSTAMENTO ? onde esta a prometida SEGURANÇA aos motoristas, pedrestes, ciclistas, animais da fauna silvestre, (ausência de GALERIAS DE PASSAGENS nos corredores ecológicos) ... ! ?   

histórico: Matéria para conhecimento.
Jornal A Hora do Vale → Edição 523 - 24 de novembro de 2010 → Editoria: Geral
Devido ao atraso nas liberações, construtoras terão tempo hábil neste ano apenas para cortar a vegetação e realizar a terraplenagem no trecho permitido
Há quatro meses, um re­presentante do governo federal assinou o docu­mento para iniciar a duplicação da BR-386, com isso o Instituto Brasileiro do Meio Am­biente (Ibama) liberou as constru­toras para efetivarem a obra. O primeiro trecho a ser modificado será a partir do pedágio de Fazen­da Vilanova em direção a Tabaí, no quilômetro 370 da rodovia.
O início das obras ficou emper­rado no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o órgão teve de criar uma Comissão Ambiental que fará um estudo da mata que costeia a BR-386 e supervisionará a vegetação durante a obra.



Conforme a assessoria de im­prensa do Dnit, a demora na criação de uma comissão ocorreu porque estavam sendo avaliadas três universidades federais – Rio  Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - para fazerem parte da comissão.
A duplicação da BR-386 foi or­çada, inicialmente, em R$ 147 mi­lhões. Deste valor R$ 40 milhões viriam este ano, mas como falta pouco mais de um mês para ele terminar o valor diminuiu para menos R$ 10 milhões.
As quatro empresas prestadoras do serviço – Conpasul, Cotrel, Ic­cila e Momento Engenharia - são as interessadas na liberação buro­crática, visto que há custos de es­trutura por trabalhos adiantados, como a topografia.
O construtor Nilto Scapin diz que o Ibama determinou que o traba­lho seja feito, após a criação da co­missão. Ele projeta a conclusão das obras até o fim de 2012, mesmo que o prazo seja de três anos.
A BR-386 tem 454,9 quilômetros. As obras terão uma extensão de 34 quilômetros, e a previsão de conclusão será modificada.
Alegando problemas logísticos decorrentes das más condições da RS-421, empresa Sadia ameaça suspender entrega de ração e transporte de animais, prejudicando 150 produtores
Na sexta-feira, dia 19, in­tegrantes da Sadia pro­tocolaram na prefeitura um ofício, ameaçando suspender o transporte e aloja­mento de aves e ração em Sério, Forquetinha e Canudos do Vale de­vido à má condição da estrada.
Cerca de 150 produtores seriam prejudicados com a suspensão dos serviços. O produtor Orlando Hepp, 55 anos, teme prejuízos. Ele tem cerca de mil suínos na engor­da. “Se suspender a entrega de ra­ção ou não alojar mais animais, o prejuízo em 110 dias chega a R$ 20 mil”, calcula.
Hepp lamenta a omissão da ad­ministração em busca do asfalto. “A estrada está um caos. Até a prefeitura suspendeu o transpor­te de dejetos pela grande quan­tidade de buracos. Se continuar assim, até o leiteiro deixará de carregar o leite”, diz.

“Não podemos travar uma guerra”
De acordo com o prefeito Waldemar Richter, a amea­ça por parte da empresa torna a solução mais emergencial. “Isto seria o fim para esses produtores, visto que muitos financiaram até R$ 180 mil e podem perder tudo, inclusive imóveis”, alerta.
Richter alega que a obra é responsabilidade do estado e em dois anos foram re­alizadas três audiências no gabinete da governadora para agilizar o processo.

Ele lembra que em ou­tubro, durante 2ª Marcha Gaúcha – Os Municípios pelo Rio Grande, organi­zada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Fa­murs), o diretor de Infraes­trutura Rodoviária do Daer, Cezar Garcia, prometeu o início das obras para dez dias.
Passado um mês nada foi feito. “Anunciamos e nada ocorreu. Assim perdemos a credibilidade em decor­rência de uma responsa­bilidade que não é nossa”, desabafa.
Sobre as reclamações dos moradores de Vila Stork, ele diz que a administração se reuniu com lideranças, e que a decisão tomada é de não patrolar aquele trecho. “Nos reuniremos novamen­te e proporemos a união de todos para reivindicarmos a obra na sede do Daer, em Porto Alegre”, diz.
Richter diz que o “plano b” será entrar judicialmente contra o governo estadual, mas que isso depende de mais análises. “Não po­demos travar uma guerra, mas precisamos de uma solução. Hoje, são as in­tegradoras que param, amanhã será o transporte público e as ambulâncias”, observa.

Promessas perduram 12 anos
Em 1998, quando o governa­dor Antônio Britto autorizava os trabalhos de asfaltamento na estrada, a realização pare­cia estar próxima.
Porém, com a perda das elei­ções, as obras foram abando­nadas. Passados 12 anos, moto­ristas e agricultores continuam queixando-se das condições da estrada e da poeira que ator­menta quem mora ao longo do trajeto de sete quilômetros.
Há cinco meses, quando o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) autorizou o início das obras no trajeto que liga a cidade a Canudos do Vale e Sério, os mo­radores começaram a luta para que os trabalhos fossem reto­mados, conforme a promessa renovada pela governadora Yeda Crusius.
Cansados da situação um gru­po de moradores da Vila Storck, recentemente, bloqueou a via para sensibilizar as autoridades.
Mesmo sem êxito, a comu­nidade promete mobilizações constantes até conseguir a pavimentação. Bruno Mattes disse que não permitirão que a rodovia seja patrolada. “Quere­mos asfalto. Buscaremos apoio de empresários e da adminis­tração para conseguir nosso objetivo”, diz.
Mattes diz que os moradores fizeram um abaixo-assinado com 104 assinaturas para mo­bilizar as autoridades. “Se for preciso vamos a Porto Alegre protestar pelo início das obras”, apoia a cabeleireira Vânia Both. Ela frisou que a intenção não é prejudicar ninguém, apenas terminar com o problema.

População deve organizar protesto
Hoje, às 8h, haverá uma reunião na Prefeitu­ra de Forquetinha entre os prefeitos de Canudos do Vale, Sério, Boquei­rão do Leão, Lajeado,  avicultores e moradores.
No encontro, devem ser discutidas as provi­dências para evitar pre­juízos tanto aos produto­res quanto à população.
Uma das ideias deba­tidas é a organização de um protesto na sede do Daer, em Porto Alegre, para pressionar a assi­natura do contrato.

Contrato será assinado até sexta-feira
Questionado sobre o atraso das obras, o diretor Cezar Garcia diz que havia falta de verbas, mas que a mesma foi liberada pela Secretaria Estadual da Fazenda. Agora só falta assinar o contrato para início das obras. “Isso ocorre entre hoje e sexta-feira”, garante.
As obras deverão iniciar nos primeiros dias de dezembro. O prazo de conclusão está estipulado entre seis meses e um ano. “O serviço de terraplenagem foi executado e o que falta agora é a pavimentação”, finaliza. O custo da obra está avaliado em R$ 3,3 milhões num trajeto de sete quilômetros.
 * a responsabilidade pelo conteúdo da matéria é do autor.

Eduino de Mattos

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